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domingo, 7 de outubro de 2012

EFÍGIE




No jardim de uma vasta casa
Uma efígie estranha habitava
E feito um verme se arrastava
Ao relento ou ao vento
Seja qual for a estação
Chova ou faça sol
Sempre lá ela estava
Muda...
Sentada...
E tristonha.
Seu olhar perde-se no horizonte
De um passado distante
Lágrimas instantaneamente
Rolam pela sua senil face
Falecendo no solo em enlace.
Uma sombra sombria
Em sua mente percorria
E no seu coração já adentrou
Depois fora embora
Sem olhar pra trás
Deixando ser semimorto
Extinto de sentimentos
Presenteando-a com grande angústia
Sugou-lhe a comoção... e a razão
Fê-lo prisioneiro da solidão.